quinta-feira, janeiro 13, 2011

Aurora e Despertar

Nenhum ciclo é ciclo sem início
Nenhum dia é dia sem manhã
Nenhum mar é mar sem onda
Nenhuma vida é vida sem morte

A morte não é morte sem vida
A onda não é onda sem mar
A noite não é noite sem dia
O ciclo não é ciclo sem fim

A noite é onda que busca o mar
A onda é noite que busca o dia
A morte é ciclo sem fim
O ciclo é se matar pra viver

terça-feira, agosto 25, 2009

I want u all (to watch me now)

Standing alone
no walls, no ground
Hearing noise
separated notes,
No sound

Dancing, drinking
Spliffing, smelling
Changing languages
Mudando (de) pessoas,
Sem Amor

Beijando, Trepando
Comendo, "Trampando"
Just like it´s written on
The ohhhh MIGHTY MIGHT HOLY BIBLE
but,
No fucking Faith

Buses, Metro
Bike, rollers
Always running away
From years and fears
Sem rumo

Books & Magazines
Videos & Music
Informação distorcida
Empty Emotions
No memories

quinta-feira, julho 16, 2009

No Room

No room for empty glasses
No room for faint hearted
No room for US, neither WE
No room for ME and no room for YOU

There´s no HEAVEN
There´s no REAL
There´s no DEATH
And there´s no room for living

No room for melody
No room for Beauty
No room for threats
No room for truce

No time for happiness
No time to rest
No time to eat
And no room for a drink

No room for teasing
No room for sex
No room for writing
And no time to read

There´s no HEAVEN
There´s no REAL
There´s no DEATH
And there´s no room for YOU
You that think YOU´RE living

sábado, julho 11, 2009

Antes-depois (carência declarada)

Simule, atue, segure, perdure
Porque é, e já foi, será antes e depois
A felicidade já bate, invade o interior de nós dois
Então se ajeite, se aprume, se arrume
Porque o antes-depois já nos embriaga em seu perfume
Agora se jogue, se molhe, se afogue
depois recupere, não, antes espere
Espere sua vez, pois não sei atender a todas vocês
Porquê já vim e já fui, sem ao menos checar como tudo flui
não checo porque me choco, com o meu olhar em constante desfoco
desfocado, chamuscado e iluminado por seu belo olhar
Que simula, atua, segura e perdura
que será e já é, fui antes e depois
Esse jato que invade, e se faz elo de nós dois
Por isso me ajeito, me aprumo, me arrumo
Pedindo pra me perder em ti sem rumo
Então me jogo, me molho, me afogo
Sem esperar, só pedindo o tempo de recuperar
O fôlego, por gritar que é sempre minha vez
Só quero que entendam que eu quero a atenção de todas vocês


12-14/11/2006

terça-feira, junho 30, 2009

Absinto

Ah! Eu sinto o ruflar de tuas asas
É, eu sinto o roçar dos teus dedos
Fada Perversa
Me levou na conversa
Era só um chazinho, verde
Com gosto de erva
Uhh, EVA
ADÃO
CAIM
ABEL
PANDORA
e NOEL
E agora?! Ainda tenho de ir pra casa
Consegues me levar, com tua frágil asa?
Sim, estou voando
Mas, você é fada ou anjo?
Demônio
Verde, Erva doce e Feromonio
Tesão e tensão
Ah! Eu sinto o hálito do se corpo
É, eu sinto o suor da tua boca
Fada Perversa!

quinta-feira, abril 09, 2009

Sangue, suor e sexo

Era uma noite escura, escura demais por sinal. E, no meio de uma viela, no meio da noite, no meio da escuridão, ouviu-se um grito desesperado.

Uma moça estava sendo atacada por um bando de jovens, por volta de 15 deles, todos entre 17 e 25 anos de idade, armados com katanas, sedentos de sangue e sexo. Eles logram arrancar-lhe as roupas, e no momento em que o líder do bando prepara-se para a penetração forçada, surge, na esquina, um outro rapaz, pequeno e magro, mas com olhos vermelho-sangue faiscando de maldade.

Sem dizer palavra avança em direção aos agressores e, pára displicente aguardando, ansioso, um desafio. Algo naquele garoto dizia que ele poderia matar a todos em segundos, talvez até mais do que havia ali.

O Líder fez um sinal quase imperceptível e dois de seus capangas foram pegar o garoto, ou ao menos tentar. Ainda mais rápido que o sinal do líder, uma risca prateada apareceu como que do nada, trazendo consigo um pequeno silvo agudo, e, os capangas já estavam no chão, um totalmente decepado e o outro com um corte profundo desde a garganta até o abdomen.

Paralisado, o líder aposta na vantagem numérica, dessa vez foram cinco capangas, já empunhando suas katanas, atacando o garoto - com sua capa preta já manchada de sangue. Desta vez foi possível ver, de fato, a katana do inimigo. Parecia-se muito com o dono, uma envergadura peculiar, pequena, dona de um brilho prateado fascinante à luz da lua, mas o que mais impressionava era o fio da lâmina, finíssimo, muito bem trabalhado e tão sangüinária quanto o dono.

Então eles, o garoto e a espada, aguardaram pacientes o avançar cauteloso dos atacantes até estarem ao seu alcance. E então os dois desapareceram, não estavam mais à frente dos agressores, de algum modo conseguiram passar para detras dos mesmos, e então a katana tornou-se um risco prateado novamente, dizimando um a um os cinco agressores com cortes rápidos e profundos na garganta, antes mesmo de virarem. Banhou-se, extasiado no jorro de sangue da última vítima como se invejasse o contato da lâmina com o corpo e o sangue dos mortos.

Com a capa completamente vermelha virou-se para o líder, o vermelho de seus olhos num tom mais forte e brilhante do que nunca.

Dessa vez não houve sinais, pré-combate, avisos ou pedidos de clemência; o garoto simplesmente avançou numa velocidade inacreditável, o fio prateado ziguezagueando na escuridão. Abateu primeiro os 10 capangas restantes, rápida e impiedosamente. Seu rosto transformou-se numa máscara cínica e sádica, fingindo caridade com um pequeno sorriso mudo.

O líder do bando, ou aquele que restou do bando pressentiu seu destino, não seria aniquilado como seus capangas, aquela nova feição transparecia uma sede de vingança implacável e um grande desejo de torturar.

O garoto despiu os capangas e com suas roupas atou as mãos e os pés do líder, firmemente. Retornou à feição original, incapaz de parecer bondosa, porém, muito mais natural, e dirigiu-se à moça nua, olhou-a nos olhos e deu-lhe a mão para que se levantasse; agora de pé ela mergulhou naqueles olhos vermelhos, perdendo-se em meio ao medo e o fascínio por tanta maldade; já o garoto perdeu-se nos olhos preto-azulados dela, procurando algo com o qual não se identificasse, como poderia aquela moça frágil ser tão similar a ele. E compreendendo-se automaticamente voltam ao líder, já suado de desespero. A moça estica-se e beija-lhe levemente o pé, o garoto então empunha a espada e corta, profunda e lentamente o pé da vítima e num gesto quase obsceno ele e a garota lambem a lâmina para limpá-la; mais uma vez ela beija a vítima, agora no lado esquerdo do abdomen e ele, mais uma vez, corta o local indicado e limpa a lâmina com a língua, acompanhado pela moça.

Depois de alguns cortes a moça empolgou-se e traçou com a língua uma linha que ia da coxa ao pé da vítima e o garoto, obediente, seguiu a linha e limpou a lâmina junto dela. O garoto agora percebia algo estranho, os olhos da moça não mais estavam pretos, mas vermelhos, tão vermelhos quanto os dele. Enquanto refletia sobre essa mudança perdeu de vista a moça, que agora praticava felação na vítima quase morta, quando ela se afastou ele, novamente cortou a vítima, amputando-lhe o órgão sexual, e limpou a lâmina. Já cansada desse jogo doentio ela decide matá-lo de vez; o garoto então ao invés de cortar o pescoço da vítima, ajoelha-se num gesto solene de reverência e entrega a espada na bainha à moça, para que ela desferisse o último golpe.

A Mulher recebeu a espada e desembainhou-a com cuidado, dirigiu-se ao líder desfigurado e agonizante, e com inesperada habilidade decepou-lhe a cabeça. Virou-se então para o garoto e, - mais uma vez, entenderam-se automaticamente. - lançou-se aos seus braços, sendo acolhida calorosamente.

Ela então despiu o garoto, cheia de desejo e carência, e ele compreendeu suas necessidades e as satisfez. Deitou-a no chão manchado de sangue, deixou-a sentir a chuva que começava a cair, fitou novamente seus olhos vermelhos, beijou-lhe a boca com o delicioso gosto de sangue, o queixo fino, o pescoço delicado, o colo quente, o umbigo, o interior de ambas as coxas e finalmente acariciou-lhe a vagina com a língua, sorvendo o gosto de desejo. Voltou a encará-la e, como que transformado penetrou-a com força, sentindo-se extasiado. Ela aderiu à maneira dele de fazer sexo, não menos excitada.

Rolaram pela viela, gemendo e gritando por cima dos corpos e do sangue e por baixo da chuva e da lua que resolvera aparecer, só para ser refletida naqueles olhos vermelhos e exaustos, horas depois, quando o cansaço venceu o desejo.

P.S.:nomes dos personagens ocultados devido a emisse temporária do autor.
P.P.S.: A emisse passou, mas foi substituída por uma enorme preguiça de reescrever os nomes; então aqui vão eles: Tanto o rapaz quanto a moça são chamados Hiei.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Ebriedade dos Alquimistas

Oh Saudável vida boêmia
Tempo em que o corpo era leve
Pois só a Alma, carregada de Sentidos, fazia-se presente
Quando cada esquina era lar
Cada curva era vertigem
e cada derrapada um novo fôlego

Oh Pútrida vida sóbria
Cheia de rigidez, aspereza e angústia
Prendendo-nos às correntes, classes e falsa moral
Onde cada rosto era cinza
No Vai-vem de devaneios urbanos
E o cheiro de prazer em lugares imundos

Oh Desejável Morte Ébria
Que acalenta o corpo enfermo, e liberta a alma criativa
Que floresce o que há de mais vivo e humano
Onde se bebe com Satã, num eterno open-bar
Onde confabulam as melhores intenções
E se faz acreditar que é apenas um delírio
29/01/09 – 18h42


B. Vaudeville postando.