quinta-feira, abril 09, 2009

Sangue, suor e sexo

Era uma noite escura, escura demais por sinal. E, no meio de uma viela, no meio da noite, no meio da escuridão, ouviu-se um grito desesperado.

Uma moça estava sendo atacada por um bando de jovens, por volta de 15 deles, todos entre 17 e 25 anos de idade, armados com katanas, sedentos de sangue e sexo. Eles logram arrancar-lhe as roupas, e no momento em que o líder do bando prepara-se para a penetração forçada, surge, na esquina, um outro rapaz, pequeno e magro, mas com olhos vermelho-sangue faiscando de maldade.

Sem dizer palavra avança em direção aos agressores e, pára displicente aguardando, ansioso, um desafio. Algo naquele garoto dizia que ele poderia matar a todos em segundos, talvez até mais do que havia ali.

O Líder fez um sinal quase imperceptível e dois de seus capangas foram pegar o garoto, ou ao menos tentar. Ainda mais rápido que o sinal do líder, uma risca prateada apareceu como que do nada, trazendo consigo um pequeno silvo agudo, e, os capangas já estavam no chão, um totalmente decepado e o outro com um corte profundo desde a garganta até o abdomen.

Paralisado, o líder aposta na vantagem numérica, dessa vez foram cinco capangas, já empunhando suas katanas, atacando o garoto - com sua capa preta já manchada de sangue. Desta vez foi possível ver, de fato, a katana do inimigo. Parecia-se muito com o dono, uma envergadura peculiar, pequena, dona de um brilho prateado fascinante à luz da lua, mas o que mais impressionava era o fio da lâmina, finíssimo, muito bem trabalhado e tão sangüinária quanto o dono.

Então eles, o garoto e a espada, aguardaram pacientes o avançar cauteloso dos atacantes até estarem ao seu alcance. E então os dois desapareceram, não estavam mais à frente dos agressores, de algum modo conseguiram passar para detras dos mesmos, e então a katana tornou-se um risco prateado novamente, dizimando um a um os cinco agressores com cortes rápidos e profundos na garganta, antes mesmo de virarem. Banhou-se, extasiado no jorro de sangue da última vítima como se invejasse o contato da lâmina com o corpo e o sangue dos mortos.

Com a capa completamente vermelha virou-se para o líder, o vermelho de seus olhos num tom mais forte e brilhante do que nunca.

Dessa vez não houve sinais, pré-combate, avisos ou pedidos de clemência; o garoto simplesmente avançou numa velocidade inacreditável, o fio prateado ziguezagueando na escuridão. Abateu primeiro os 10 capangas restantes, rápida e impiedosamente. Seu rosto transformou-se numa máscara cínica e sádica, fingindo caridade com um pequeno sorriso mudo.

O líder do bando, ou aquele que restou do bando pressentiu seu destino, não seria aniquilado como seus capangas, aquela nova feição transparecia uma sede de vingança implacável e um grande desejo de torturar.

O garoto despiu os capangas e com suas roupas atou as mãos e os pés do líder, firmemente. Retornou à feição original, incapaz de parecer bondosa, porém, muito mais natural, e dirigiu-se à moça nua, olhou-a nos olhos e deu-lhe a mão para que se levantasse; agora de pé ela mergulhou naqueles olhos vermelhos, perdendo-se em meio ao medo e o fascínio por tanta maldade; já o garoto perdeu-se nos olhos preto-azulados dela, procurando algo com o qual não se identificasse, como poderia aquela moça frágil ser tão similar a ele. E compreendendo-se automaticamente voltam ao líder, já suado de desespero. A moça estica-se e beija-lhe levemente o pé, o garoto então empunha a espada e corta, profunda e lentamente o pé da vítima e num gesto quase obsceno ele e a garota lambem a lâmina para limpá-la; mais uma vez ela beija a vítima, agora no lado esquerdo do abdomen e ele, mais uma vez, corta o local indicado e limpa a lâmina com a língua, acompanhado pela moça.

Depois de alguns cortes a moça empolgou-se e traçou com a língua uma linha que ia da coxa ao pé da vítima e o garoto, obediente, seguiu a linha e limpou a lâmina junto dela. O garoto agora percebia algo estranho, os olhos da moça não mais estavam pretos, mas vermelhos, tão vermelhos quanto os dele. Enquanto refletia sobre essa mudança perdeu de vista a moça, que agora praticava felação na vítima quase morta, quando ela se afastou ele, novamente cortou a vítima, amputando-lhe o órgão sexual, e limpou a lâmina. Já cansada desse jogo doentio ela decide matá-lo de vez; o garoto então ao invés de cortar o pescoço da vítima, ajoelha-se num gesto solene de reverência e entrega a espada na bainha à moça, para que ela desferisse o último golpe.

A Mulher recebeu a espada e desembainhou-a com cuidado, dirigiu-se ao líder desfigurado e agonizante, e com inesperada habilidade decepou-lhe a cabeça. Virou-se então para o garoto e, - mais uma vez, entenderam-se automaticamente. - lançou-se aos seus braços, sendo acolhida calorosamente.

Ela então despiu o garoto, cheia de desejo e carência, e ele compreendeu suas necessidades e as satisfez. Deitou-a no chão manchado de sangue, deixou-a sentir a chuva que começava a cair, fitou novamente seus olhos vermelhos, beijou-lhe a boca com o delicioso gosto de sangue, o queixo fino, o pescoço delicado, o colo quente, o umbigo, o interior de ambas as coxas e finalmente acariciou-lhe a vagina com a língua, sorvendo o gosto de desejo. Voltou a encará-la e, como que transformado penetrou-a com força, sentindo-se extasiado. Ela aderiu à maneira dele de fazer sexo, não menos excitada.

Rolaram pela viela, gemendo e gritando por cima dos corpos e do sangue e por baixo da chuva e da lua que resolvera aparecer, só para ser refletida naqueles olhos vermelhos e exaustos, horas depois, quando o cansaço venceu o desejo.

P.S.:nomes dos personagens ocultados devido a emisse temporária do autor.
P.P.S.: A emisse passou, mas foi substituída por uma enorme preguiça de reescrever os nomes; então aqui vão eles: Tanto o rapaz quanto a moça são chamados Hiei.