segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Ebriedade dos Alquimistas

Oh Saudável vida boêmia
Tempo em que o corpo era leve
Pois só a Alma, carregada de Sentidos, fazia-se presente
Quando cada esquina era lar
Cada curva era vertigem
e cada derrapada um novo fôlego

Oh Pútrida vida sóbria
Cheia de rigidez, aspereza e angústia
Prendendo-nos às correntes, classes e falsa moral
Onde cada rosto era cinza
No Vai-vem de devaneios urbanos
E o cheiro de prazer em lugares imundos

Oh Desejável Morte Ébria
Que acalenta o corpo enfermo, e liberta a alma criativa
Que floresce o que há de mais vivo e humano
Onde se bebe com Satã, num eterno open-bar
Onde confabulam as melhores intenções
E se faz acreditar que é apenas um delírio
29/01/09 – 18h42


B. Vaudeville postando.